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As experiências traumáticas podem ser resultantes de violência (assalto, estrupo…), de desastres naturais (enchentes, terremotos), de acidentes (carro, avião, incêndios) e de desastres causados deliberadamente (guerra, atos terroristas…).

A exposição a situações traumáticas é responsável pela ocorrência de um transtorno de ansiedade, conhecido como estresse pós-traumático (TEPT).

Critérios Diagnósticos

  • Revivência persistente do evento: pesadelos, flashbacks, pensamentos e imagens intrusivos;
  • Esquiva persistente de determinados estímulos, atividades e situações relacionadas ao trauma, bem como sintomas depressivos (diminuição de interesse, isolamento, tristeza, etc.);
  • Persistente elevação de excitabilidade: distúrbio do sono, irritabilidade, dificuldade de concentração, hipervigilância, reações de sobressalto, etc.

Os sintomas devem ter a duração de, pelo menos, um mês para que o diagnóstico seja estabelecido.

Diversos estudos de tratamento apontam para a maior eficácia de antidepressivos, especialmente a sertralina e a paroxetina, seguindo de acompanhamento psicoterápico, mais especificamente a terapia da exposição. A exposição à memória traumática promove a extinção de esquiva e faz com que o evento possa ser lembrado sem as respostas de medo intenso a ele associadas.

Evitar o assunto ou interessar-se por ele apenas quando é parte do noticiário e trata de pessoas distantes não são atitudes esperadas de quem trabalha com a saúde e impedem que as vítimas encontrem tratamento e suporte social adequado para lidar com as consequências.

Texto: Psicóloga Roberta Balsini